O Corpo Negro-Indígena: Jornada Acadêmica destaca produção de saberes na dança dentro do projeto 5yr3f

Encontro reúne universidades públicas do Rio e propõe diálogo entre pesquisa acadêmica e práticas artísticas com mediação do professor Luís Silva. 3m4qu

Como parte da programação do projeto O Corpo Negro-Indígena, o Sesc RJ realiza, no dia 4 de junho, às 18h, a Jornada Acadêmica no Sesc Copacabana. A atividade reúne professores e estudantes de instituições públicas de ensino superior em uma mostra comentada de investigações em dança, integrando o universo acadêmico à cena artística contemporânea com protagonismo negro e indígena.

O objetivo da Jornada é promover o intercâmbio entre núcleos de pesquisa, produção e formação, ampliando os vínculos entre universidades, setor cultural e o fazer artístico em dança. Participam grupos da Faculdade Angel Vianna (FAV), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). A mediação será do artista, pesquisador e professor Luís Silva, sob coordenação das(os) professoras(es) Ágatha Oliveira, Denise Zenícola, Márcia Feijó e Juliana Manhães.

A mostra reúne trabalhos que transitam entre experimentações coreográficas, narrativas autobiográficas, construções identitárias, corporeidades negras e indígenas, memória, território e ancestralidade. As obras apresentadas se constroem a partir de urgências do corpo e do território, abordando temas como a espiritualidade afro-brasileira, o direito à existência, a dor e a cura como motivações coreográficas, bem como os enfrentamentos cotidianos à violência simbólica e estrutural. A jornada oferece ao público a oportunidade de conhecer pesquisas que refletem um Brasil plural, forjado na escuta de múltiplos saberes.

A Jornada Acadêmica integra a 5ª edição do projeto O Corpo Negro-Indígena, realizado pelo Sesc RJ entre os dias 20 de maio e 15 de junho de 2025, com mais de 200 atividades em 13 unidades do estado. Nesta edição, o festival expande seu escopo ao colocar, pela primeira vez, a produção artística indígena contemporânea no centro da programação, ao lado do protagonismo negro que já marca a história do projeto.

DESCRITIVO DOS TRABALHOS:
Alice Alves | Ecoou | Orientadora: Esther Weitzman | Faculdade Angel Vianna
Nasce da urgência de existir num mundo que silencia, da frustração de não ter espaço – físico, simbólico e histórico. É o incômodo de quem carrega muito a mostrar, mas é sistematicamente empurrada para os cantos, para o quase, para o nunca. É o eco de uma voz que, mesmo silenciada, não cessa.

Danielle Anatólio | OriOyá | Orientador: Luis Silva | Faculdade Angel Vianna
Experimento sobre a força e sensibilidade feminina no arquétipo de Oyá, corpo dançante que se cura e se potencializa diante das marcas da vida.

Estefani Dias do Nascimento | Dramaturgias Negras – a carne | UFRJ
A carne que se manifesta em dança, performa um grito corpóreo do que é vivenciado na pele. Este solo de dança retrata as violências e opressões vividas pelas pessoas negras. Retrata os conflitos entre a tentativa de se encaixar em um padrão hegemônico imposto pela sociedade e experiência da marginalidade.

Gabriel Santos e Igor Arvelos | Magia Negra | Orientadora: Denise Zenícola | UFF
A trama poética na dança e na performance que busca consciência sobre a racialidade. A perspectiva que procura valorizar raízes e manter viva a reconstrução de identidades culturais em diferentes contextos.

Gabrielle Souza dos Santos | Aicamifobia | Orientadora: Juliana Manhães | UNIRIO
“Aicamifobia” explora a fobia de agulhas através de movimentos baseados em os de dança moçambicana e na água — tanto líquida quanto sólida.

J.R. Moreno | João do Amor Divino | Orientadora: Adriana Bonfatti | UNIRIO
Diante de uma sociedade desigual e opressora, João do Amor Divino não encontra perspectiva de mudança e se entrega ao impulso de desistir. Intérprete criador: J.R. Moreno | Direção: Adriana Bonfatti | Assistente de direção: Gabriela Kohatsu | Trilha sonora: João do Amor Divino, letra e música de Gonzaguinha.

Lais Branco (Lalih Branco) | Que malandreado é esse, moça? | UFRJ
Através de uma ótica da malandragem sobre um corpo periférico, preto , artístico, feminista e de axé , a performance “Que malandreado é esse, moça ?” traz a força e a potência do que é uma mulher se equilibrando numa sociedade machista e que nos coloca em um lugar de fragilidade apenas. A performance nos traz não só a malandragem de mulher, mas a liberdade do corpo que transcende na vida, nos pensamentos e nas lutas contra o racismo religioso. A malandragem pede jogo de cintura e saber dançar a coisa certa na hora certa, riscar o chão como escrita poética e atemporal, saber cair como parte de um processo que nos leva a ficar de pé. Trazer no olhar, no gingado e na movimentação o mistério de ser única e plural, sensível e forte, pequena e gigante, a ousadia de ser MALANDRA!

Lais Salgueiro, Fabricio Neri e Nica Daniel | Ara Ile | Lais Salgueiro | Faculdade Angel Vianna
Percorrendo as espirais do tempo , do espaço e do corpo, ondulando com a gravidade do ar, encontramos pistas sobre nosso corpo-casa – Ara ile. Ir de encontro ao Ara ile é reencontrar saberes ancestrais e reconstruir travessias em forma de dança.

José Reis | Respira | Orientadores: Doutora Joana R. Tavares e Doutor Cláudio L. Flores | UNIRIO
Em um mundo onde respirar é ritual, Pena vê seu povo à beira do colapso quando o sufocamento engole tudo o que conhece. Entre cerimônias, perdas e renascimentos, o público é convidado a sentir a urgência de um gesto simples, mas revolucionário: o direito de respirar.

Ficha técnica | Diretor e Coreógrafo: José Reis | Diretora de Movimento: Kay Lima | Preparadora Corporal: Cibele Ribeiro | Elenco: Victor Lucas | Felipe Izidoro | Vitória Belone | Giovanna Moura | Sol Jaci | Kath Alvez | João Vitor Freitas | Sol Sussuarana | Luana Graziella | Laboratório Artes do Movimento / LABAM | Cursos: Bacharelado em Atuação Cênica | Bacharelado em Estética e Teoria do Teatro | Escola de Teatro – Centro de Letras e Artes | UNIRIO

Marina Lima | Samba in Paris | Orientadora: Esther Weitzman | Faculdade Angel Vianna
Trabalho que aborda uma pessoa andando pela praia do Rio de Janeiro, encontra um chinelo e isso reverbera em um corpo dançante.

Nica Daniel | Danças dos Nomes | Orientadora: Juliana Manhães | UNIRIO
“Dança dos Nomes” é um chamado de pertencimento, num voltar para casa. De volta ao que pulsa, ao que ainda fica, mas também um convite a fazer do mundo a sua morada. O meu território é a própria Natureza que se move em mim aonde eu vá.

Rhaiane Silvestre | Soledade | UFRJ
Independente do tempo, em alguma instância a saudade sempre relembra um pouquinho a dor que ou. em meio aos escombros causados pela perda ela criou rotas dentro de mim para não cair no esquecimento, refazendo imagens que se tornaram reais por meio do movimento. Meu corpo inquieto não me deixa mentir, posso não ter muito mais a dizer, mas ainda tenho muito o que sentir, é como uma agitação, me tira do prumo, às vezes me tira do chão, desperta a necessidade de um alargamento do tempo para fazer caber todo turbilhão de sentimento. Mas isso não acontece, não se pode voltar, mas sempre se pode lembrar. diante do fim um novo dia vai raiar e coisas novas e antigas encontram um lugar para repousar.

Pedro Avlis | PerFormativa | UFRJ
A performance, idealizada e dançada por Pedro avlis propõe reflexão acerca da existência e resistência de corpas e corporeidades marginalizadas, relatos não só vivenciados por elas, como também pelo intérprete, que traz para a cena suas técnicas em Dança e alguns elementos da cultura Ballroom. Ficha técnica | Criação, interpretação, roteiro, iluminação, sonoplastia, figurino: Pedro Avlis | Registros: Bruno Cavalcante.

SERVIÇO:
Jornada Acadêmica – O Corpo Negro-Indígena
4 de junho de 2025 às 18h
Sesc Copacabana (Rua Domingos Ferreira, 160)
Entrada gratuita
Classificação livre
Mais informações: O Corpo Negro Indígena – Portal Sesc RJ

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